
ARTE:
A Arte, do jeito que eu vejo, é um passeio do espírito em solidão, em euforia, sem medo.
É uma resposta da identificação do homem com o ritmo e a harmonia cósmica.
É uma identificação consciente.
É uma forma de transcender.
SUCESSO:
É a realização da sua verdadeira natureza.
Quando a pessoa vive do jeito que acredita, faz coisas importantes.
O caminho das mutações do homem mostra que nós, como as plantas, deixamos raízes, florescemos e damos frutos.
Penso que devemos deixar, na vida, frutos não na memória estática de um passado, mas como uma coisa com vida.
Criar é fundamental, nos dá a sensação de estar vivos.
Criar não importa o que: uma música, um filho, uma planta, um livro, um pássaro, uma joia.
O meu trabalho é intuitivo da natureza, que é o que existe de mais precioso — não para nossa inspiração ou deleite, mas para que possamos manter o nosso próprio equilíbrio e harmonia.
Se eu conseguir, com o meu trabalho, passar para as pessoas um pouco do profundo respeito pela natureza — da qual o homem é uma parte tão importante — eu vou me sentir bastante feliz.
Que a parte ajude a preservar o todo.
Tenho aprendido muito com o céu.
Ele mostra ao homem a necessidade da esfera, mostra algo em que ele não pode intervir.
Na terra, o homem faz modificações.
O céu está acima das nossas cabeças e longe do alcance das nossas mãos.
Que o homem observe o céu não para aprender a comandá-lo, mas para aprender a obedecer-lhe.
FUTURO:
Tenho vontade de continuar meu curso na Califórnia ou em Florença para ter acesso a novas técnicas e a equipamentos mais modernos.
Participei de uma exposição na Escola Nova, em SP, e pretendo expor, em breve, aqui no Rio.
No mais, mergulho no presente, buscando cada vez mais eficiência e me mantendo sempre curiosa, pois as possibilidades são infinitas.
Quero deixar fluir, para que as coisas venham com a espontaneidade dos frutos quando se desprendem dos galhos.
matéria por Confidential Style 1987