Artesã e empresária faz sucesso com criações polêmicas
Advogada, artesã e, finalmente empresária. A designer carioca Tereza Xavier tem muitas histórias para contar, desde que trocou leis e decretos pela confecção de joias em ouro e prata. Depois de sete anos comercializando peças junto a amigos e conhecidos, Tereza abriu, em dezembro de 1995, uma loja no Shopping Cassino Atlântico.
A montagem do espaço exigiu investimento de R$100 mil, os quais Tereza Xavier pretende recuperar até o final desde ano. A empresária já cadastrou mais de 300 clientes, além dos 100 cativos que tinha. A concorrência com joalherias tradicionais não assusta Tereza, porque acredita em sua proposta, diferenciada. “Não sigo nenhum tipo de tendência”, enfatiza, defendendo a livre criação – motivo pelo qual também nunca tentou vaga de designer em joalherias.
Um dos diferenciais apresentados pela artesã está na combinação de palha usada pelos índios Karib, da tribo Waimiri Atroari, com berloques de pedras preciosas e bolinhas de ouro, por exemplo.
O trabalho de Tereza também pode ser identificado por temas, algumas vezes bastante polêmicos. Para os banhistas do Posto 9 de Ipanema, a artesã criou um apito em ouro maciço. Os principais times de futebol ganharam minúsculos emblemas. E contra o mau olhado, Tereza confeccionou joias talismãs.
Em maio, a partir da adoção de um urso pardo do Jardim Zoológico, Tereza desenvolveu uma coleção de 300 peças, toda focada no problema da extinção dos animais. As próximas novidades, no entanto, estão mantidas em segredo.